quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Coelho ao Vinho Branco com Alecrim


Divagações de um estômago Luso-Brasileiro

Uma das características fantásticas da cozinha mediterrânea é a sua variedade.
Sinto-me privilegiada em ter tido a oportunidade de variar o meu reduzido menú, que anteriormente resumia-se a vaca, frango e queijo, por esta quantidade enorme de carnes, peixes e temperos que encontrei aqui.
Os peixes são algo de divino, saborosos, variados, deliciosos ao extremo. Vou ao mercado e todos os dias, há uma bancada cheia de peixe fresco, saído do mar há menos de 8 horas.
As carnes também são igualmente exploradas. Para uma sul-brasileira que foi criada a bife de vaca boa (pois não há carne como a nossa) consolei-me em comer rodízios no Brasil e, do resto como aqui. Não gosto de porco mas adoro os enchidos e acho que, nestes quase 10 anos, não conheço nem 20% da variedade que Portugal oferece. Isto sem comentar no que há em Espanha, outra especialista em bons embutidos. 
Temperar e cozer com vinho tb foi uma novidade, assim como com a cerveja. Todo ingrediente muda e se transforma a depender do tempero. A-d-o-r-o!

Considerando ainda que, nos últimos 2 anos, cortei a 100% a lactose (exceto cabra) surpreende-me que o leite, para mim, é como se nunca tivesse existido.
Para muitos amigos estas receitas podem parecer meio "elaboradas" mas, a sério, é a nossa comidinha do dia-a-dia... fotografo enquanto preparo o jantar, sempre foi esta a minha intenção aqui, divulgar (ou organizar para mim própria) meu atual livro de receitas cotidianas.
E assim, em meio a estas descobertas e divagações, vamos indo e degustando.

A carne de coelho combina muito bem com vinho branco e alecrim
Este coelho foi preparado somente com perninhas, mas poderia ter sido um coelho inteiro, partido aos pedaços, ou somente peitos.
Preparei na véspera uma marinada com pernas de coelho, cebola, alho, sal, pimenta preta, alecrim fresco e cobri tudo com vinho branco seco. A qualidade do vinho interfere sim. Não é necessário ser um vinho de alta qualidade, mas tb poupem-me dos vinhos doces de Santa felicidade, né!



No dia seguinte, refoguei um pouco de cebola e alho em azeite onde dourei as perninhas de coelho e, na sequencia, juntei o tempero da marinada sem o líquido.


Deixei os temperos refogarem alguns minutos e então juntei o vinho da marinada e deixei cozer em fogo baixo até reduzir e engrossar o molho.


É difícil?
Nadinha... só se for difícil encontrar a carne de coelho por aí.

Para acompanhar, coringa para varias ocasiões, arroz branco com pinhões (pinólis)
(receita aqui)


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